Flagrado bêbado em racha, vereador, agora evangélico é proibido de ir a bar
Parlamentar de Sorocaba fez acordo com a Justiça para encerrar processo
Por 2 anos, ele terá de evitar locais onde o "propósito é justamente beber", mesmo que seja para se apresentar com a sua dupla sertaneja
O vereador de Sorocaba Emílio Souza de Oliveira (PMN) demorou "muito tempo" até se decidir entre as opções colocadas pelo juiz: ou ficava dois anos sem pisar em bares, boates ou danceterias ou o processo contra ele continuaria, podendo levá-lo à prisão.
Escolheu a primeira alternativa. "Pensei bastante enquanto estava no fórum." As opções foram dadas, em audiência anteontem, pelo juiz Marco José Corrêa, da 2ª Vara Criminal de Sorocaba (93 km de São Paulo).
Ele foi flagrado em setembro passado disputando um racha e sob o efeito de bebida alcoólica. No seu carro, a polícia achou quatro latinhas de cerveja -o teste de bafômetro indicou embriaguez. Ele foi liberado após pagar fiança de R$ 800. Ontem, não quis falar sobre o racha.
Conhecido como Ruby, o vereador afirma que não terá dificuldades para cumprir o acordo. "Eu já não sou de boates e nem de bares. Eu sou evangélico. Depois que eu ganhei a eleição, eu fiquei mais religioso."
Integrante da dupla sertaneja Diamante e Ruby, ele diz que já estava afastado da carreira artística desde que assumiu o seu primeiro mandato, em janeiro de 2009. O acordo com a Justiça o impede de vez de se apresentar musicalmente.
Segundo o promotor José Julio Lozano Júnior, o "benefício da suspensão condicional do processo", previsto no artigo 89 da lei 9099/95, garante o tipo de acordo feito por Ruby e pode ser aplicado em casos com pequeno ou médio potencial ofensivo -como o do vereador, pois ele não causou acidente.
Ruby, que teve a carteira de habilitação suspensa, também não poderá se ausentar de Sorocaba por mais de 30 dias sem comunicar a viagem ao juiz.
Apesar da proibição, ele não está impedido de consumir bebidas alcoólicas.
Segundo Lozano Júnior, supermercados, restaurantes e padarias, por exemplo, estão liberados. "O que ele não pode é ir a lugares onde o propósito é justamente beber", explica o promotor.
Se for flagrado descumprindo a decisão, o vereador pode ser denunciado por qualquer cidadão. Ainda assim, ele não poderá ser detido. "Ele não estaria desobedecendo nenhuma lei. O que existe é um acordo com a Justiça", diz.
Parlamentar de Sorocaba fez acordo com a Justiça para encerrar processo
Por 2 anos, ele terá de evitar locais onde o "propósito é justamente beber", mesmo que seja para se apresentar com a sua dupla sertaneja
O vereador de Sorocaba Emílio Souza de Oliveira (PMN) demorou "muito tempo" até se decidir entre as opções colocadas pelo juiz: ou ficava dois anos sem pisar em bares, boates ou danceterias ou o processo contra ele continuaria, podendo levá-lo à prisão.
Escolheu a primeira alternativa. "Pensei bastante enquanto estava no fórum." As opções foram dadas, em audiência anteontem, pelo juiz Marco José Corrêa, da 2ª Vara Criminal de Sorocaba (93 km de São Paulo).
Ele foi flagrado em setembro passado disputando um racha e sob o efeito de bebida alcoólica. No seu carro, a polícia achou quatro latinhas de cerveja -o teste de bafômetro indicou embriaguez. Ele foi liberado após pagar fiança de R$ 800. Ontem, não quis falar sobre o racha.
Conhecido como Ruby, o vereador afirma que não terá dificuldades para cumprir o acordo. "Eu já não sou de boates e nem de bares. Eu sou evangélico. Depois que eu ganhei a eleição, eu fiquei mais religioso."
Integrante da dupla sertaneja Diamante e Ruby, ele diz que já estava afastado da carreira artística desde que assumiu o seu primeiro mandato, em janeiro de 2009. O acordo com a Justiça o impede de vez de se apresentar musicalmente.
Segundo o promotor José Julio Lozano Júnior, o "benefício da suspensão condicional do processo", previsto no artigo 89 da lei 9099/95, garante o tipo de acordo feito por Ruby e pode ser aplicado em casos com pequeno ou médio potencial ofensivo -como o do vereador, pois ele não causou acidente.
Ruby, que teve a carteira de habilitação suspensa, também não poderá se ausentar de Sorocaba por mais de 30 dias sem comunicar a viagem ao juiz.
Apesar da proibição, ele não está impedido de consumir bebidas alcoólicas.
Segundo Lozano Júnior, supermercados, restaurantes e padarias, por exemplo, estão liberados. "O que ele não pode é ir a lugares onde o propósito é justamente beber", explica o promotor.
Se for flagrado descumprindo a decisão, o vereador pode ser denunciado por qualquer cidadão. Ainda assim, ele não poderá ser detido. "Ele não estaria desobedecendo nenhuma lei. O que existe é um acordo com a Justiça", diz.
Fonte: Agência Folha