Luciano Borges dos Anjos

sábado, 22 de maio de 2010

HOMENAGEM PÓSTUMA EM VERSOS AO POETA DAMÁRIO DA CRUZ CANTO À MEMÓRIA VIVA

A Damário da Cruz meu e nosso amigo
*Crispim Quirino

As palavras choram em mim como a chuva.
Todo o corpo é pranto,
em homenagem a Damário da Cruz, poeta baiano.
A poesia agora anda à solta.

Seu corpo pede paz e calma.
Não adiantemos o amanhã.

A Bahia em flores cala-se por sobre os ventos
para o poeta de “Todo o risco”.
A Bahia e Cachoeira – ambas de mãos dadas.

São cores que estão em outros planos,
cabeças, almas e céus jamais vistos.

Oh, deuses dos humanos! Por que são imortais
os pobres doentes por sobre luzes?
(Quem os fala?).

As palavras andam em coro:
falam, passeiam e choram, choram cantando.

- Saudades, poeta, saudades!

Saudades dos amigos eternos,
saudades.


*Crispim Quirino é poeta, universitáro do curso de Museologia da UFRB