Luciano Borges dos Anjos

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um Grito de Socorro

Do editor do blog.
Segue abaixo texto de autoria de Marinalva Silva Santos, conhecida na cidade da Cachoeira como Dona Marinalva. Mulher batalhadora, cumpridora dos seus deveres.
O tema que ela aborda é complexo, porém merece a atenção de toda sociedade, principalmente daqueles que se intitulam representantes do povo.
É necessário que o Poder Executivo juntamente com a Câmara Municipal, as instituições representativas e a sociedade discutam o tema abordado a fim de encontrar meios capazes de coibir que ações como as que estão inseridas no referido texto não continuem a acontecer.

Marinalva Silva Santos
Mãe de família, servidora do Mercadinho e Lanchonete Preto Velho

É desesperador ver como cresce o número de crianças e adoles-centes entrando no mundo das drogas. É como se fosse uma areia movediça sugando jovens e mais jovens. Crianças e adolescentes de até 10 e15 anos permanecem até alta madrugada, prestando serviços a marginais, sendo bem pagos e influenciado a esquecer seus valores, desafiando os pais em casa, tornando-se verdadeiros monstros. Alguns até mesmo batem em seus pais para sair, Estes, por sua vez, desesperados, temem em tomar alguma providência diante das ameaças dos traficantes que mandam recados até pelos próprios filhos que se tornam aliados deles.
Com eles, os filhos aprendem que mãe é chata, não é dona de suas vidas. Ensinam que eles têm de ter atitude e fazer o que é prazeroso. Ensinam que os pais não podem lhes dar roupa de marca, transformar o Hip-Hop em ideologia de vida. E os valores que ensinamos a vida toda passam a ser ridículos e idiotas. As crianças de hoje não sonham com uma bicicleta ou videogame. Os meninos de hoje sonham com um revolver e uma moto para transportar a drogas. Para eles, subir na vida, ser dono de boca e ser homem, é trocar tiros com a polícia. Herói é morrer confron-tando ou matar o maior número de policiais.
Os pais são punidos se bater num filho. Têm que deixar para a polícia bater mais tarde. Dar emprego a menor é crime. Prestar serviços a traficantes, não. Estudar não querem. Os professores falam difícil. Eles não entendem. Professor não fala gírias. Passar seis horas em colégio é prisão. O barato é ficar no jardim jogando conversa fora, fora mesmo!
Mas, e ai? A quem recorrer? Quem vai nos ajudar? Quem vai salvar estes jovens? Quem vai criar uma atividade para ocupar a mente deles e quando isso vai acabar? E como?
Mãe, pais, tias, avós, e até mesmo alguns jovens pedem: SOCORRO!