Descontraído, Sine fala do seu passado com os Remanescentes e suas influências.
Repórter Aline Brandãomyialine@live.com
Cleriton Pandini e Aline Cavalcante
Difícil falar de Cachoeira e sua arte sem tocar na figura de Sine Calmon e sua influência no reggae baiano. O início da caminhada musical de Sine está diretamente ligado à banda “Remanescentes”, que desponta na década de 80 como a representação musical da resistência do povo oprimido. O grupo ainda contava com Nengo Vieira e Tim Tim Gomes. Seus álbuns apresentam, nas palavras de Sine, uma temática de “paz e conscientização”.
Ainda na década de 80, Sine Calmon é indicado ao troféu Caymmi na categoria de Melhor Instrumentista. Duas são as músicas que fizeram muito sucesso em sua carreira: “Nayambing Blues” e “O maluco que sabia”, permanecendo na lista das músicas mais tocadas pelo Brasil adentro.
Jornal O Guarany - Sine, uma pergunta de quem curte reggae gosta¬ria de fazer, e eu aproveito para fazê-la. Por que a Remanescentes acabou?
Sine Calmon - A banda Remanescentes não acabou, se multiplicou. Veja assim, a gente tem mania de determinar as coisas, de limitar... Mas, não, os Remanescentes continuam aí. Continuamos cada um com seu modo de fazer. Assim como Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer... Eles não acabaram. Assim fomos, o Nengo estourou, Tim também, e eu com a Morrão Fumegante.
JOG – Qual foi a sua maior dificuldade depois de deixar os Remanescentes?
SC – O início... Toquei com banda de bares, como guitarrista, teve que ralar no Pelourinho, eu e minha esposa, e aí aconteceu.
JOG - Em 1998 “Sine Calmon e Banda Morrão Fumegante” tocava em todas as rádios do país com os hits “O maluco que sabia” e “Nayambing Blues”. Como foi lidar com esse sucesso?
SC - Foi uma época muito boa. Fomos chamados pra tocar em muitos lugares. Era uma resposta da massa que gostou do som. Até porque a pegada do nosso som é mais pra massa mesmo.
JOG - No país, tenho por certo que já tocaste em quase todos os estados, e shows em outros países?
SC - Sim, sim. Já rolou. A Morrão e eu tocamos na Argentina em 2008. Tocamos em Buenos Aires, foi uma experiência massa, gostei.
JOG - Você tem quantos CDs gravados?
SC - Quatro e um “The best of Sine Calmon”, que é uma coletânea que a gravadora produziu com as músicas mais conhecidas.
JOG - Além de Bob Marley, quais músicos influenciaram na construção do seu som?
SC - O reggae da Jamaica... Mas, eu sou guitarrista, então, você pode colocar aí que Santana - Carlos Santana -, Jimmy Hendrix... Esses dois me influenciaram bastante.
Cleriton Pandini e Aline Cavalcante
Difícil falar de Cachoeira e sua arte sem tocar na figura de Sine Calmon e sua influência no reggae baiano. O início da caminhada musical de Sine está diretamente ligado à banda “Remanescentes”, que desponta na década de 80 como a representação musical da resistência do povo oprimido. O grupo ainda contava com Nengo Vieira e Tim Tim Gomes. Seus álbuns apresentam, nas palavras de Sine, uma temática de “paz e conscientização”.
Ainda na década de 80, Sine Calmon é indicado ao troféu Caymmi na categoria de Melhor Instrumentista. Duas são as músicas que fizeram muito sucesso em sua carreira: “Nayambing Blues” e “O maluco que sabia”, permanecendo na lista das músicas mais tocadas pelo Brasil adentro.
Jornal O Guarany - Sine, uma pergunta de quem curte reggae gosta¬ria de fazer, e eu aproveito para fazê-la. Por que a Remanescentes acabou?
Sine Calmon - A banda Remanescentes não acabou, se multiplicou. Veja assim, a gente tem mania de determinar as coisas, de limitar... Mas, não, os Remanescentes continuam aí. Continuamos cada um com seu modo de fazer. Assim como Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer... Eles não acabaram. Assim fomos, o Nengo estourou, Tim também, e eu com a Morrão Fumegante.
JOG – Qual foi a sua maior dificuldade depois de deixar os Remanescentes?
SC – O início... Toquei com banda de bares, como guitarrista, teve que ralar no Pelourinho, eu e minha esposa, e aí aconteceu.
JOG - Em 1998 “Sine Calmon e Banda Morrão Fumegante” tocava em todas as rádios do país com os hits “O maluco que sabia” e “Nayambing Blues”. Como foi lidar com esse sucesso?
SC - Foi uma época muito boa. Fomos chamados pra tocar em muitos lugares. Era uma resposta da massa que gostou do som. Até porque a pegada do nosso som é mais pra massa mesmo.
JOG - No país, tenho por certo que já tocaste em quase todos os estados, e shows em outros países?
SC - Sim, sim. Já rolou. A Morrão e eu tocamos na Argentina em 2008. Tocamos em Buenos Aires, foi uma experiência massa, gostei.
JOG - Você tem quantos CDs gravados?
SC - Quatro e um “The best of Sine Calmon”, que é uma coletânea que a gravadora produziu com as músicas mais conhecidas.
JOG - Além de Bob Marley, quais músicos influenciaram na construção do seu som?
SC - O reggae da Jamaica... Mas, eu sou guitarrista, então, você pode colocar aí que Santana - Carlos Santana -, Jimmy Hendrix... Esses dois me influenciaram bastante.
JOG - Que música da sua discografia define a sua vida?
SC – O trem do amor define a minha vida e a de todo mundo, né?
JOG - Sendo natural de Cachoeira, consegue dar uma definição do que a cidade significa para sua vida e sua música?
SC - Eu canto Cachoeira. Ela é a minha mãe, eu sinto esta cidade. Até porque foi aqui que eu nasci e eu amo isso.