Luciano Borges dos Anjos

terça-feira, 20 de março de 2012

Editorial do jornal O Guarany - Março de 2012







“O político não é obrigado a prometer nada, caso prometa tem que cumprir”



Prof. Pedro Borges dos Anjos
Editor-Chefe do Jornal O Guarany


O prefeito Tato Pereira, do município da Cachoeira, no estado da Bahia, costuma dizer, em seus discursos, nas sucessivas inaugurações que faz, cumprindo promessas de campanha e as que assume com os residentes das diversas comunidades que integram o município, assegurando que por conselho de uma assessora do seu Gabinete, desde o início de seu primeiro mandato, “O político não é obrigado a prometer nada, mas caso prometa tem que cumprir”.
Identificam-se, em segmentos da sociedade, os que pensam haver conquistado o poder com integral autoridade para agir de forma ditatorial, sem escrúpulos, sem o menor compromisso com a honra nem com as solenidades da Lei, em flagrante desrespeito a compromissos assumidos, com os valores que integram a sociedade, com a finalidade de controlar, dominar pessoas e circunstâncias. Julgam, assim, poder permanecer no comando político e administrativo das instituições sem quaisquer respeitos aos valores que sustentam o próprio segmento cujos destinos temporariamente dirigem.
Desafiam a verdade com mentiras. Trocam a ordem pela anarquia. São portadores de anomalias mórbidas, razão por que ignoram as relações naturais, a honorabilidade dos cargos que ocupam, com que desonram a instituição da família, ampliam, com integrantes do próprio poder, o alcance da imoralidade, adulterando vínculos sagrados da ordem e dos bons costumes.
Agindo segundo os ditames rasteiros do raciocínio que os dominam, invertem a ordem natural dos seres. Nessa atmosfera das trevas, não fazem quaisquer diferenças em suas relações de intimidade. Machos e fêmeas, todos lhes são iguais, nas intimidades das suas relações. Muitos chegam até optar por intimidades homogêneas, com que penetram em áreas nunca antes desfiguradas pelo vigor de suas potências. Nas instâncias supremas dos Poderes, buscam impor a produção de leis com que pretejem suas opções e tenham como punir rigorosamente os que advogam respeito à ordem natural da criação.
Assumem compromissos com aparente autenticidade de bom caráter e de verdade para auferir vantagens, principalmente, no segmento político-eleitoral, mas optam por protelar a materialidade das promessas em flagrante desrespeito a seguidores enganados, ludibriados pela estrutura de seus caráteres covardes. Ignoram acordos e mantêm em “banho maria” os valores que julgam poder sustentá-los enganados todo o tempo, sem que se apercebam da gravidade dos riscos que correm quando os mencionados valores têm domínio de forças e poderes que os trapaceiros ignoram. De repente, as mencionadas forças, se acionadas derrotam flagrantemente os enganadores das trevas, condenando-lhes à derrota, à obscuridade, ao ostracismo, às vezes, até à morte. A maldição recai pesadamente sobre quem assim procede, sem que disponham da mínima força para reagir nem levantar-se. Caem integralmente! É só esperar!
Na produção deste texto, a consciência crítica revela ações de um falecido líder político, cujo nome a ética impõe não mencioná-lo, o qual humilhou a muitos, oprimiu valores, usou asseclas para torturar cidadãs e cidadãos, danificar-lhes a vida, até assassinar a alguns. Era muito aplaudido e até venerado, com amplo domínio sobre os seguidores. Ai de quem ousasse contrariá-lo! Não só de ser perseguido, também corria o risco de ter a integridade física agredida e até de morte, ante a fúria dos corpulentos seguranças, portando armas modernas de reconhecido poder de destruição. Todos, com raras exceções, integrantes de corporações militares, designados para proteger o Poderoso Chefão.
Os provérbios agem com poderes de profecia. Eis a verdade de um desses: “quem muitas pedras bolem, uma lhe cai na cabeça”.
No dia 14 de maio de 1972, às 10h da manhã, esse Poderoso Chefão surpreendeu a quem fingia ser amigo e protetor, humilhando-o às vistas de autoridades a amigos, conforme consta dos registros do ofendido. Não lhe esboçou a menor reação. Escutou as expressões da desonra, fitando o ofensor com serenidade.
Seis anos depois, quando as circunstâncias permitiram e a atmosfera lhe foi propícia, num reencontro proposto pelo ofensor, o ofendido revelou-lhe: “quem tocar num ungido do Senhor, rigorosas maldições sobrevirão sobre quem assim procede, maldições tão severas e rigorosas que nenhum ser humano tem a capacidade de resistir nem de impedir a sua manifestação, tão sobrenatural que retirará do ofensor seus valores mais queridos e estimados e passará por sucessivos vexames. O ofendido por mais que queira sinceramente manifestar-lhe perdão, não tem o menor poder para interromper a trajetória da ação destruidora”. Só não vai aqui o testemunho nominal de quem se trata, para honrar os princípios da ética e da vontade própria do ofendido que confiou esta parte destacada do seu diário para esta publicação.
Pelas razões expostas, acresça-se: “O político não é obrigado a prometer nada, caso prometa tem que cumprir,”.