A madeira vai deitar no MURITIBA FOLIA 2010 com a apresentação da banda BOLLY BLACK.
A banda se apresenta no dia 31/07 – sábado, a partir das 21:00hs no ARLINDÃO na cidade de Muritiba.
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O delegado Clayton Leão foi assassinado hoje a tiros em Camaçari (BA) no momento em que concedia entrevista ao vivo a uma rádio pelo celular, dentro de seu veículo, informaram fontes oficiais.
A entrevista foi interrompida pelo som de disparos e os gritos da esposa do delegado pedindo ajuda. No momento, os locutores advertiram que algo grave havia acontecido, e só puderam confirmar o homicídio minutos depois.
O delegado chefiava a 18ª Delegacia da Polícia Civil em Camaçari e que tinha a seu cargo investigações sobre grupos de narcotraficantes.
Leão estava conversando justamente sobre um caso de tráfico de drogas em sua entrevista à rádio "Líder FM" quando o diálogo foi interrompido pelos gritos da esposa. "Pelo amor de Deus, ajuda!", gritou a mulher.
"Algo grave ocorreu. Ele estava ao vivo conversando comigo e, de repente, ouvimos essa senhora desesperada. Precisamos saber o que aconteceu. Atenção, Polícia Civil, ele estava nos falando da estrada de Cascalheira em Arembepe", disse o locutor Raimundo Rui ao explicar a interrupção da entrevista.
Segundo fontes oficiais, o delegado, que tinha parado o veículo no acostamento de uma rua para poder falar ao telefone, foi baleado por dois homens que estavam em outro carro no qual aparentemente o seguiam e que fugiram sem dizer nada.
A Polícia diz desconhecer os motivos do crime e seus possíveis autores.
FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/26052010/40/politica-delegado-assassinado-na-bahia-concedia.htmlAumenta o consumo de crack em Cachoeira
Por Lucas da Silva Fernandes:
O consumo de drogas ilícitas está bem presente no cotidiano de muitos cachoeiranos. Uma das mais utilizadas no município é o crack. O Relatório Mundial sobre Drogas 2009, lançado pelo Escritório da Organização das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC), mostra que foram triplicadas as apreensões de crack no intervalo de ano no Brasil. O tenente S. Silva, da polícia militar (PM), afirma que o consumo em Cachoeira cresce junto com a média nacional e que é a droga que a PM mais apreende na cidade, superando a maconha. "Infelizmente é uma droga que está assolando a sociedade e Cachoeira não está livre disso", afirma.
Depois que se faz o processamento da cocaína, obtém-se um subproduto, uma espécie de resíduo da cocaína, que é o crack. Ele é popular, pois se trata de uma droga barata, portanto as camadas mais carentes da população têm fácil acesso. Mas ao mesmo tempo em que é barata, suas conseqüências custam muito ao corpo do usuário. Segundo o tenente, há alguns anos atrás, o usuário de crack tinha a média de seis meses a um ano de vida, devido à sua elevada nocividade, mas hoje, já existem processos químicos para deixá-lo menos agressivo, e que os viciados na droga têm uma expectativa de vida bem maior.
De acordo com o Ministério da Saúde, assim que o crack é fumado, ele alcança o pulmão, que é um órgão intensamente vascularizado e de grande superfície, levando a uma absorção instantânea. Através do pulmão, chega instantaneamente ao cérebro, e em 10 a 15 segundos, os primeiros efeitos já ocorrem, o que faz dele uma droga "poderosa". Os efeitos duram em média cinco minutos, em contraposição à cocaína, que dura cerca de 20 a 45 minutos. Essa pouca duração faz o usuário consumir mais frequentemente a droga, às vezes de maneira compulsiva, levando-o à dependência muito mais rapidamente.
"Tem pessoa que dá um 'pauzinho' e diz: que nada, só fumo uma pedrinha por dia, não sou viciado não. Só que um dia você vai encontrar dez na sua mão", relata um usuário que optou por não se identificar. "A droga ela é tão forte que destrói qualquer ser humano. A sua mente apaga. Fumou, a sua mente não é aquela mais", acrescenta ele. Diz ainda que a pessoa viciada dificilmente ouve conselhos, não adianta tentar conscientizá-la. Pode até ficar sem usar um ou dois dias, mas não agüenta muito tempo. "A droga, ela lhe chama", relata. Para exemplificar como a dependência transforma o caráter da pessoa, o anônimo conta ainda o caso de um amigo seu, que o pai pediu para depositar o dinheiro no banco e ele gastou comprando o crack, alegando depois ao pai que havia sido roubado. A dependência faz a pessoa usar diferentes ardis para conseguir a droga quando não tem o dinheiro pra comprá-la.
Maria da Graça Castro, educadora física e artesã do Centro de Atenção Psico-Social (CAPS), junto com uma equipe de profissionais, lida com dependentes químicos. Ela declara que o crack é muito utilizado pelas pessoas de rua. Não só pela falta de poder aquisitivo, levando-os a comprar a droga barata, mas também porque faz esquecer o frio, a fome, as violências que acontecem nas ruas, por dar coragem para assaltar, matar. Diz que é uma das drogas que mais ocasiona a depressão e que eles trabalham bastante com pessoas que tem depressão por causa do uso dessas substâncias psicoativas. Realizam diariamente, oficinas com desenhos, colagens, costura, utilizando a arte e o lúdico como uma forma fuga, esquecimento das drogas. Ela diz que é preciso que essas pessoas busquem outros amores. As oficinas servem pra isso. O CAPS está também introduzindo agora, uma oficina de redução de danos, que através do diálogo, mostra os efeitos das drogas em geral, as conseqüências, e principalmente como usá-las, de forma que venha a reduzir os danos nos consumidores. "A intenção às vezes, na redução de danos, não é a abstinência, é uma forma de lidar com a droga, até chegar ao sucesso da abstinência", fala a educadora. Amanda Prata, psicóloga do CAPS explica que muitas vezes o usuário não tem intenção de largar a droga. Às vezes ele quer obter o controle, ou substituir uma droga por outra menos danosa. Em função disso, é ensinado, por exemplo, que eles não devem compartilhar os canudos nos quais cheiram a cocaína, não devem derreter o crack em tampas de metal, pois poderiam estar colocando outras substâncias no seu aparelho respiratório, como a próprio metal, ou resíduos que ali ficam, etc. No CAPSad, que é voltado pra álcool e drogas, eles distribuem cachimbos, para que os dependentes reduzam mais os danos no seu corpo, pra que ele não usem o crack derretendo em latas.
É muito importante esse trabalho social que o CAPS desenvolve. Maria da Graça considera a relevância da divulgação dele através das políticas públicas, dos jornais, das parcerias com a iniciativa privada, convidando-a a ser um agente da saúde mental, que coopere diretamente com o Estado, com o município, auxiliando na diminuição do número de internações à medida que, identificando aqueles que necessitam de ajuda, os dirija ao CAPS e à outras unidades terapêuticas. Um dos pacientes do CAPS, que preferiu permanecer no anonimato, declara o seguinte sobre o crack: "Tem cura, mas só depende da própria pessoa se interessar e vir pro consultório".
Efeitos do crack no corpo
Segundo dados do ministério da saúde, os efeitos do crack são parecidos com os efeitos da cocaína. Ele pode produzir um aumento da pupila (midríase), prejudicando a visão, que fica "borrada". Pode provocar dores no peito, contrações musculares, convulsões e até coma. Os efeitos são mais intensos sobre o sistema cardiovascular, pois a pressão eleva e os batimentos cardíacos aceleram bastante (taquicardia). Em casos mais graves, pode haver a parada cardíaca por fibrilação ventricular. A redução da atividade dos centros cerebrais que controlam a respiração pode ocasionar a morte também. O uso crônico do crack pode levar a uma degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, chamada rabdomiólise.
Alem desses efeitos no corpo, o "craquero" compulsivo geralmente tem comportamento violento, irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao aparecimento da paranóia. Eventualmente podem ter alucinações e delírios além de ocasionar também, a perda do interesse sexual.
* Lucas da Silva Fernandes é universitário do curso de Jornalismo da UFRB
O estudante de Direito Diego Marques, 23, faltou à aula nesta terça (25). A funcionária de uma empresa de plano de saúde Tatiane Martinelli, de 33 anos, não foi trabalhar e seu filho, Lucas, 11, deixou de ir à escola. Em comum, um mesmo motivo: eles madrugaram numa fila de três quilômetros para abastecer o carro com desconto de 53% no preço da gasolina.
Hoje, quatro capitais brasileiras - Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre - realizaram um movimento contra os impostos cobrados nos combustíveis. Para protestar, postos ofereceram ao consumidor o litro da gasolina sem impostos. Resultado: filas quilométricas engarrafaram as ruas. Para conseguir encher o tanque em Brasília, ninguém esperou menos do que cinco horas. Apareceu até a turma dos espertos. Teve gente que levou carro antigo e pediu preferência para ser atendido e consumidor que carregou na carona idosos para tentar furar a fila. As artimanhas não vingaram.
Em Brasília, o protesto foi comandado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e promovida por um posto de gasolina na Asa Norte que disponibilizou, pelo menos, 20 mil litros de gasolina a R$ 1,59 o litro - o preço normal é de R$ 2,64. "Estamos bancando a campanha com o intuito de mostrar que a cobrança de imposto não é nossa culpa. O problema é a quantidade de impostos", disse Wonder Jarjour, 20, dono do posto que ofereceu a gasolina a preço baixo. "Essa é uma data simbólica. Há uma necessidade de uma reestruturação tributária no Brasil. Vivemos um ano de eleição, vem um novo presidente e é o momento de pensar nisso", afirmou Vicente Estevanato, 55, presidente da CDL em Brasília.
Às 5h40 desta terça (25), Tatiane Martinelli chegou para abastecer na companhia do filho Lucas. Só conseguiu botar gasolina às 11h20. Ainda assim, teve de respeitar o limite estabelecido pelo posto de 30 litros por carro. Economizou, na comparação com o preço comum, R$ 30. "Vale pela iniciativa. Quem sabe outros postos fazem o mesmo", disse. Para o servidor público Antônio Caetano, 58, o dinheiro economizado, depois de seis horas de espera, será usado para tomar uma "cervejinha". "Qualquer R$ 30 que a gente economiza já ajuda".
Roberto Maciel, 25, chegou às 12h, quando mais de 400 carros já tinham abastecido. Para furar a fila que ainda perdurava, tentou dar um jeito: levou o avô de sua mulher, Epifânio Alves, 83, e pediu preferência no atendimento. Não conseguiu e desistiu. Mais cedo, o condutor de um Fusca fabricado em 1962 pediu prioridade a seu "idoso" veículo. Não teve jeito. Voltou para o final da fila.
Fonte: Agência Estado